A composição ferroviária puxada pela máquina a vapor
teve uma importância enorme nos últimos duzentos anos da história da
humanidade. Ele foi sem dúvida o elemento mais importante da Revolução
Industrial, permitindo a deslocação das matérias primas para as fábricas rápida
e eficazmente e levando os produtos acabados a pessoas, a regiões distantes e
aos países onde eram mais necessários. Foi importantíssima a sua contribuição
nas Primeira e Segunda Guerras Mundiais, levando rapidamente homens e armas
onde estes mais falta faziam. Foram os comboios, a quem os índios chamaram
Cavalo de Ferro (Iron horse), que ajudaram os colonos ingleses a desbravar o
oeste americano e a construir o que hoje é considerado como a maior potência
mundial.
Foram os comboios que ligaram populações, regiões,
países e continentes que até aí estavam completamente isolados ou onde poderia
demorar semanas ou meses para fazer uma simples comunicação entre si; na
agricultura, produtos que corriam o risco de ficar nas regiões onde eram
produzidos, puderam começar a ser despachados para grandes distâncias, havendo
muito menor risco da sua degradação e encorajando assim, o aumento das
produções. Baronesa era o nome da locomotiva do primeiro trem a circular no
Brasil. Na sua primeira viagem, no dia 30 de abril de 1854, percorreu a
distância de 14 km num percurso que ligava a Baía de Guanabara a Raiz da Serra,
em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá
(depois, visconde), foi o responsável pela construção desta ferrovia através da
concessão dada pelo imperador dom Pedro II, conhecida por Estrada de Ferro ou
Estrada de Ferrovia. O comboio foi o principal meio de transporte do século
XIX. Teve grande crescimento na Europa e na América do Norte, onde representa
70% do total mundial. A locomotiva a vapor servia para transportar cargas,
alimentos e pessoas. O eléctrico, um comboio pequeno movido a energia elétrica,
é muito usado como transporte turístico. Em 1863 apareceu o Metro, um comboio
que anda muito depressa por baixo da terra. Hoje em dia, o Metro é uma grande
ajuda para transportar as pessoas que se deslocam nas grandes cidades, ajudando
a diminuir a poluição do ar e sonora provocada pelos automóveis e autocarros
Ontem. |
Hoje |
No Brasil o trem foi deixado de
lado na década de 1950, em virtude da construção de rodovias e da indústria
automobilística, ficando a mercê do descaso e da decadência. A implantação das
primeiras ferrovias no país foi estimulada por capitais privados nacionais e
estrangeiros (principalmente inglês) que almejavam um sistema de transporte
capaz de levar (de maneira segura e econômica) aos crescentes centros urbanos e
portos do país toda a produção agrícola e de minério produzida principalmente
no interior brasileiro. O governo brasileiro também participou da expansão
ferroviária, ora iniciando empreendimentos visando a integração do território
nacional através desse meio de transporte ora encampando companhias privadas
falidas para impedir o colapso econômico de regiões dependentes desse meio de
transporte.
Atualmente o Brasil conta com 29,8 mil quilômetros de ferrovias e apenas
25%do que e produzido nos campos chega aos portos por trilhos.
Segundo dados da Agência Nacional dos Transportes Terrestres, estão previstos
R$ 91 bilhões de investimentos nas ferrovias brasileiras, nos próximos 25 anos.
Já as concessionárias preveem desembolsos de R$ 16 bilhões, nos próximos três
anos.
Engana se quem
pensa que o transporte Ferroviário é ultrapassado em países desenvolvidos como
o Japão, por exemplo estima se que quase 50% do transporte urbano e Inter
estadual, seja feito de trem ou de Shinkansen trem bala como e conhecido no
Brasil.Com constantes investimentos do governo e de empresas estatais que tomam
conta das linhas ferroviárias esse tipo de transporte só tem a crescer dando
mais mobilidade e conforto aos seus usuários.
O PROGRESSO TAMBÉM VIAJO DE BONDE
No fim do século pregresso (N.E.: século XIX),
timburés de duas rodas, ou carruagens de tipos diversos, de quatro rodas e
tiradas por fogosos cavalos, equivaliam-se aos táxis de hoje na realização de
corridas. Mas eram os bondes de burros, de módica tarifa, os prediletos dos
populares. Bondes são automotrizes elétricas, na verdade, mas que correm pelas
ruas urbanas da cidade, embora tenha havido bondes que correram no meio rural,
no interior do Brasil. Em São Paulo, eles começaram ainda no século XIX,
puxados a burro. Em 1900, com a chegada da Light, eles ainda sobreviveram por
algum tempo, mas desapareceram logo depois.
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